segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Amo-te filha!

Um filho é uma bênção
Mas era sonho distante
Que sempre colocou travão
Ao desejo da mãe incessante

O nosso amor acabou por ajudar
Fazendo surgir a gravidez desejada
Germinando uma alma sem par
Que anseia ser amada

O fruto chama-se Rita
É a luz da nossa vida
Sendo um bebé catita
Pouco chora e muito brilha

Amo-te filha!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Rita nasceu!

Finalmente o milagre da vida ficou concluído. Rita, nasceste no dia 9 de Dezembro às 13.05 horas após um parto muito complicado que fez a mamã sofrer tanto, meu amor.
Felizmente a mamã encarou cada dor, cada desconforto, cada lágrima vertida como necessidades para uma causa maior que é a tua vida meu amor.
És linda - pudera! sou o teu papá por isso serás sempre linda - com um cabelo negro belo e o tradicional narizito abatatado característica da tua mamã e das tuas tias. Vieste ao mundo muito bem, sem complicações de maior para ti, mas deixaste a mamã muito debilitada... Agora temos de lhe dar algum descanso. O que vale meu amor é que gostas do colo do papá!
Um dia vais ler tudo aquilo que o papá escreveu para ti e neste último texto, digo-te que te amo assim como ama a mamã e que tudo o que quero é que sigas os nossos conselhos para cresceres com bons princípios e seres alguém respeitado.
Irás conhece-los dentro em breve, mas fica desde já o agradecimento do papá e da mamã a toda a nossa família, todos os amigos e amigas e aos tios emprestados. Todos eles te vão ver crescer..
Hoje senti um a mistura de sentimentos, que me fizeram chorar de forma abundante: a alegria pelo teu nascimento, a tristeza pelo sofrimento que a mamã passou e, finalmente, apreensão para o futuro.
Nasceste Rita. Agora aproveita que a viagem é bem interessante....

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estás quase a nascer Rita

Finalmente o momento chegou! Nove meses se passaram, nove meses de espera ansiosa. Nove meses a olhar para a barrigota da mamã a crescer, crescer como um balão. Nove meses que passaram... assim, num estalar de dedos. Nove meses onde brincámos muito e o meu amor por ti cresceu, cresceu e quase não cabe no meu peito. E acfredita que tenho um peito grande Rita!
Foram nove meses de apreensão, nove meses de muita reflexão do papá e da mamã sobre o que seria a nosa vida com mais um elemento. Nove meses em que muitas coisas nos deixaram apreensivos, nove meses durante os quais sentimos algumas desilusões.
Nove meses que permitiram reforçar - como se fosse possivel ou necessário! - os laços que ligam o papá à mamã, pois finalmente e apesar de algum sofrimento e incertza sobre o futuro, temos um fruto do nosso amor, tu Rita. Amo-te minha filha - Meu Deus! como soa tão bem esta frase "minha filha" - e no que depender de nós tudo faremos para te dar uma vida significativa.
Felizmente meu amor, tens uma miriade de tios e tias que te amam tanto que nunca te vão abandonar. É impressionante minha filha como tantas pessoas, algumas perfeitamente desconhecidas até há pouco tempo, estão tão preocupadas contigo. É tão bom saber que os amigos estão sempre lá para nos apoiar!
Quando alinhavo estas palavras, já tu e a tua mamã estão no Hospital. Foste uma menina muito bem comportada nestes nove meses, mas agora estas um bocadinho teimosa para sair... Deixas a mamã à beira de um ataque de nervos e o papá pefeitamente pateta perante a ansiedade de te ter cá fora.
Estamos à tua espera meu amor e tudo o que queremos é que chegues bem até nós para iniciarmos este caminho lindo que vamos cumprir lado a lado assegurando-te que terás no papá e na mamã os teus melhores amigos.
Sê bem vinda minha filha!
Amo-te!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Falta pouco para a Rita nascer!

Dobrado o cabo dos oito meses, a Rita está cada vez maior e menos à vontade no ventre da bela mamã - e como está linda a Silvia, meu Deus! - pelo que vai-se mexendo menos. Mas como parece que vamos ter uma princesa rebelde, lá vai dando os seus pontapés, as suas voltas e deixando o papá e a mamã babados com o seu rebento.
Falta já pouco tempo para o nascimento e confesso-te filha que apesar de estar preparado para o que ai vem, noto uma ansiedade a crescer tão depressa como fogo em pasto seco pelo calor do Verão. Como serás tu, minha filha? Que desafios vamos encontrar perante ti, meu amor? Como vamos reagir ao teu nascimento? A mamã irá sofrer um bocadinho, isso é inevitável, mas acredita que o papá irá sofrer tanto ou mais ao ver a mamã e acredita que o parto vai ser também um bocadinho meu.
Quero ter coragem meu amor de ver o teu nascimento, mas como digo recorrentemente, pelo sim pelo não irei pedir uma cadeira ou um colchãozinho, pois se cair pelo menos não me aleijo... Não faço a mais pequena ideia de qual será a minha reacção ao te receber nos meus braços e não vou aqui armar-me em forte e imperturbável, se quando brinco contigo, na solidão da noite com a tua mamã a dormir, as lágrimas correm cara abaixo. Sei apenas uma coisa: amo-te mais do que alguma vez poderia pensar que se ama um ser e juntamente com a tua mamã, são os meus únicos bens neste mundo cinzento, mau e agreste em que vivemos.
Por vezes sinto-me mal em te trazer a este mundo, mas, meu Deus! que alegria é sentir que algo nosso, sangue do nosso sangue e ainda por cima feito em parceria com a mulher que amo, vai dar cor e alegria à nossa vida. Sei que quando chegares todas as tristezas, preocupações e ansiedades vão desaparecer até ao momento em que tudo voltar à normalidade. Mas como alguém disse um dia, "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas" e por isso meu amor, a ansiedade é já muita.
Quero deixar-te aqui uma novidade meu amor: a mamã reencontrou os padrinhos dela que tanto ama e posso dizer-te que ganhaste um par extra de avós. O avô Conchinha e a avó Laurentina - marcados pela imensa e trucidante dor de perder dois filhos na flor da juventude - amam a mamã de uma forma tão intensa que tu serás a neta que infelizmente nunca puderam ter.
Como vês meu amor, a tua chegada começa a mexer com tudo e com todos. A avó Adelina não cabe em si de contente com a tua chegada e tem sido um corropio nas compras. A avó Conceição, triste por não poder dançar o compasso das ofertas (como se isso fosse o mais importante!), mas cheia de amor para te dar, anda ansiosa que tu chegues.
Sabes meu amor, tantas são as pessoas fora da família que gostam dos papás que não têm hesitado em nos ajudar e a ti minha flor, nada vai faltar. Até os tios emprestados andam ansiosos com a tua chegada meu amor.
Falta pouco tempo e eu e a tua mamã estamos prontos para te receber meu amor. Mas confesso aqui que vou ter muitas saudades das nossas brincadeiras à noite. Lembras-te das cócegas que te faço e como respondes dando pontapés, perdão, fazendo festas ou esticando as tuas perninhas de encontro à mão ou à cara do papá? Lembras-te de como falei contigo tempo esquecido? Escrevo-te isto e as lágrimas, teimosas, não param de me encher os olhos e apesar da minha luta, uma ou outra consegue escapar cara abaixo desaguando na mesa de trabalho. É verdadeiramente inexplicável o amor que sinto por ti e pela tua mamã. Já o disse e volto a dizer-te filha, a tua mamã está LINDA! Que saudades vou ter de a ver assim...
Infelizmente meu amor, a vida não vai permitir que tenhamos nova situação de felicidade, leia-se, oferecer-te um irmão ou irmã, pois as coisas continuam muito dificeis. Pouco a pouco e com a ajuda do tio Nuno e do tio Tito (com as tias Sara e Paula, respectivamente, a torcerem por fora) temos vindo a equilibrar a nau que é a vida em comum do papá com a mamã. Mas não te preocupes, moveremos terra e céu para que nada te falte meu amor.
Criei este espaço para ti Rita, para te deixar as minhas memórias, os meus desabafos e para que no futuro possas compreender como foi este momento solene da nossa vida. Tu és agora o centro da nossa vida e por ti escrevi neste espaço. Está próximo o teu nascimento e porque quero continuar a escrever-te, depois de nasceres continuarei aqui a deixar-te um legado de conhecimento e de paixão por um ser que é "sangue do meu sangue, carne da minha carne!"
Amo-te filha!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quase 8 meses!

O tempo voa à velocidade da luz e quase sem nos apercebermos já passaram quase 8 meses desde que a melhor notícia dos últimos anos surgiu: tu vinha a caminho Rita! Muito destes oito meses está polvilhado pelos textos que escrevi exclusivamente para ti minha filha.
Por isso fazer um balanço nesta altura seria fastidioso e pouco produtivo par ti minha filha. Apesar de alguma tristeza por situações menos claras e de muitos problemas roçarem na nossa felicidade, a verdade Rita é que por muito que coisas más insistam em atravessar o nosso caminho, seguimos seguros, eu e a tua linda mamã, que nada nem ninguém vai impedir a nossa felicidade. E vai ser tão bom ter-te nos braços meu amor e repetir tudo aquilo que digo e faço na barrigota linda da grávida mais linda do Mundo.
Infelizmente meu amor, nem todos partilham esta felicidade e até parece que alguns nem sequer se interessam pela tua chegada. Valem os outros meu amor e entre esses tenho de dizer-te meu amor que lá estão os tios Paulo e Paula Castro mais a princesa Inês - nem quero ver a cara dela quando tu nasceres! - os tios Bento e Eunice mais o Tiago, os tios Vitor e Emilia Pinto, os tios Nuno e Sara Garrido e os tios Tito e Paula Morão, amigos que nunca esquecerei e que estão todos no coração do papá e da mamã e espero que com o tempo fiquem no teu meu amor.
Quando tiveres idade para ler estas palavras, não me perguntes pela família... não quero falar-te sobre isso pois poderá soar a desilusão e não quero que sintas isso meu amor. Lembra-te das tuas avós Adelina e Maria da Conceição, pois posso asssgurar-te que te amam já muito nesta altura em que ainda estás guardada no "cofre" forte da mamã.
Deitemos isso para trás das costas e olhemos para o futuro. Falta pouco meu amor para estares peeto de nós, para te mudar fraldas - e enojar a Mimi, a tua prima linda quer tanto amo, com os teus "cocós" e "xixis" - para ouvir o teu chorar, dormir mal à noite, ficar preocupado com as tuas maleitas, receber uma interminável conta de telefone por ligar para as tuas avós quando ficar sozinho contigo, estou ansioso por tudo isso.
Falta pouco meu amor...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A grande viagem da Rita

Filhota, nesta altura estás a completar sete meses de gestação (e a dizer de vida, mas pronto, fica gestação...) e antes que chegue o tempo em que a tua mamã tenha de ficar a descansar em casa, decidimos fazer uma viagem grande.
Vá lá, foram apenas 800 quilómetros num dia, mas para ti meu amor, foi algo inusitado. Fomos de casa à Zambujeira do Mar, por lá almoçamos umas belas costoletas de borrego fritas com alho e uma açorda de marisco maravilhosa no restaurante do Sr. Vitor, depois descemos até Sagres (onde não visitámos a fortificação pois pediram-nos 3 euros por pessoa!), seguimos para Lagos e desembocámos em Portimão.
Quisemos levar-te aos nossos amigos algarvios, o Vitor e a Emilia Pinto, a Eunice o Bento e o grande Tiago, tal como tu meu amor um bebé lindo. Infelizmente so conseguimos falar com o Vitor, mas foi bom e tu até deste uns pulinhos quando o ouvias. Acho que já gostas do "tio" Vitor!
Depois decidimos ir comer um franguinho da Guia, uma estreia para ti que, pela tua reacção, soube-te bem. E pronto, depois regressámos ao nosso ninho, satisfeitos por esta viagem de final de férias - para o ano prometo-te meu amor que teremos férias a sério! - e por te teres portado tão bem.
E depois foi tão bom deitar-me e com a mamã a dormir teres brincado comigo um poquinho antes de adormecermos. É que no dia a seguir foi dia de trabalho. Dia onde a mamã sofreu um pouquinho, pois as penas e pés inchados no final da jornada deixaram perceber que os dois meses que faltam para te ter nos braços, meu amor, vão custar um bocadinho a passar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A bolinha está cada vez maior!

Sabes Rita, por vezes passo horas a brincar contigo - lembras-te de várias noites começar a falra contigo e responderes com pontapés e algumas vezes empurrando acara do papá? - ou então apenas a olhar para a barrigota da mamã! É tão lindo ver a verdadeira bolinha em que está transformada a barriga da mãe a mexer-se... E ouvir o teu coraçãozinho a bater, bater, bater!
Ou então olhar embevecido para a tua mamã a comer um belo gelado, habitualmente de chocolate, deliciando-se com as tuas manifestações de regozijo. É espectacular ver-te aos pulos dentro da barriga da mamã cada vez que comes chocolate...
E mais recentemente voltei a chorar muito, de alegria, claro, pois ao invés de me dares pontapés, decidiste empurrar-me a cara. Foi tão bom!
É por tudo isto que continuo a lutar, muito para que tudo seja cada vez melhor e que quando chegares possas desfrutar da vida. Amo-te filhota, amo-te mamã da minha filhota, a coisa mais linda que Deus me deu como ela costuma dizer...

A Rita está a caminho dos sete meses

O tempo voa, voa, voa... Já passaram mais de seis meses desde que a minha Rita começou a germinar dentro da luz da minha vida, a mamã mais linda do Mundo! Desde o primeiro impacto provocado pela notícia, passando pelos sustos, pelas consultas e pela alegria dos cumprimentos (leia-se pontapés) da Rita, muito aconteceu.
Muitas dúvidas e incertezas têm rondado o castelo de alegria que erguemos em volta da Rita e apesar de alguns problemas que teimam em roçar-se em nós, a verdade é que os teus carinhos tem sido verdadeiras injecções de adrenalina que nos mantêm com um sorriso nos lábios.
O tempo urge e por isso mesmo querida filha, já começamos a comprar algumas coisinhas ara ti. Uma delas é o teu carrinho e o ovo que te irá proteger nas viagens. Indispensável, deveria ser algo acessivel, mas como depois perceberás minha querida filha, nada neste mundo é oferecido e como dizia alguém, "não há almoços grátis"! Buscámos, buscámos e finalmente encontrámos um carrinho para ti. Longe das exorbitâncias que nos pediam, encontrámos algo bem mais acessível e que te irá deixar feliz, acredito.
Tambem já te comprámos roupinha filhota e por isso, nada te vai faltar quando decidires sair e dares mais uma alegria ao teus papás babados. Estamos cada vez mais ansiosos com a tua chegada meu amor.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Rita já tem seis meses!

Qual brisa empurrada por mão poderosa ou areia numa apulheta, o tempo passa por nós depressa, depressa e contas feitas já passaste os seis meses linda filha.
É verdade, a Rita já tem seis meses e continua a não dar muito trabalho a minha querida esposa. Que, desculpem a vaidade, está absolutamente linda! Com aquela bolinha bela a adornar-lhe o corpo, a Silvia está uma grávida linda.
Como já disse, o tempo passa por nós rápido e como o vento deixa o seu traço nas rochas, esquartejando-as e obrigando-as as vergarem perante o seu poder corrosivo, também a mim meu amor o tempo tem feito das suas.
Estou cansado filhota... Muito cansado... Não sei se terei forças para suportar mais revéses na minha vida querida filha. Acredita que até agora só mesmo o teu amor e o da mamã me têm mantido de pé. E também dos nossos verdadeiros amigos, aqueles que até parecem estar distantes mas estão sempre lá.
Cumpriste seis meses meu amor e não vejo a hora de chegar aos nove meses para me sentir a desmaiar dentro de uma sala de partos, incapaz de aguentar a emoção de assistir à tua chegada a este mundo.
Estou tão feliz, mas por outro lado tão preocupado meu amor. Feliz porque finalmente materializei num ser tão querido e amado aquilo que me une à tua mamã. Preocupado porque as coisas estão cada vez pior, não vejo saída e ao aproximar-se a tua hora, vejo tudo muito, muito negro...
Estou mesmo muito cansado filhota... O papá mantém-se à tona porque tu estás a caminho de iluminar as nossas vidas... Mas o papá está verdadeiramente cansado... Cansado de lutar contra tudo e contra todos, contra a incapacidade de ter sorte uma vez na vida e passar uns meses, uns anos descansado e sem preocupações... Cansado de lutar para que tenhas tudo aquilo que mereces e cansado de olhar para as mãos e ver uma vazia e outra cheia de nada... Cansado de chorar porque me sinto um inútil que não é capaz de encontrar a saída para uma vida melhor... Cansado de me sentir incapaz de fazer aquilo que é correcto...
Fazes seis meses meu amor e os teus pontapés, perdão, as tuas carícias e o ouvir do teu coraçãozinho a bater desalmadamente continuam a dar-me forças... Mas estou muito cansado meu amor...
Perdoa-me se não conseguir dar-te tudo aquilo que mereces, perdoa-me se algum dia te faltar alguma coisa, perdoa-me se um dia te sentires infeliz ou envergonhada pelo teu pai. Perdoa-me meu amor!
A Rita fez seis meses! Faltam só mais três para ela estar cá fora. Amo-te filhota linda, amo-te mais que a minha vida!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A Rita tem quase seis meses...

O mundo continua com tendência para desabar à nossa volta, mas tu Rita tens nos dado forças para suportar tudo. Até as incertezas do futuro... Ela que está a caminho dos seis meses e cada vez mais perto de se juntar a nós.
Tenho medo... Sabes Rita, vou ser pai tardio e hoje em dia as coisas andam tão más no Mundo que eu e a tua mamã até já equacionamos dificuldades para te comprar as coisas básicas como por exemplo o carrinho ou coisas para o teu conforto.
Tenho medo... de não conseguir dar-te tudo aquilo a que tens direito meu amor.
Tenho medo... do futuro que se afigura incerto neste Mundo perdido e a caminhar para o abismo.
Tenho medo... mas acredito na ajuda divina para superar todas as dificuldades que ameaçam surgir e acredito que o nosso amor te vá acalentar e fazer medrar.
Tenho medo... mas sentir o teu pulsar, sentir-te mexer dentro da barrigota da mamã faz-me esquecer tudo e mais alguma coisa.
Devolve-me o sorriso, a alegria. Apenas o amor que a mamã tem por mim é capaz de fazer o mesmo.
Chego a casa triste e cansado, preocupado, mas ver a tua mamã e sentir-te cumprimentar-me com um pontapezinho ou um empurrão, Meu Deus! faz-me esquecer tudo e todos.
Nesta altura tens quase seis meses de vida e a barrigona da mamã tem crescido a olhos vistos. E os teus movimentos são cada vez mais visíveis.
E é tão bom quando à noite, já a mamã descansa do seu trabalho exigente, falo contigo e tenho como resposta um pontapé teu meu amor. Que felicidade! Fico minutos -no outro dia foi mais de uma hora - acordado a sentir-te, alheio a tudo e cheio de felicidade.
Choro de alegria quando te sinto a "falar" comigo o que é sempre melhor do que chorar pela incerteza dos tempos que ai vêm...
Mas fica descansada filhota linda que irei defender-te e cuidar de ti com todo o meu esforço e empenho e defenderei a tua mamã, a mulher que amo e que, Deus me ajude, amarei para sempre.
Tu já percebes algumas coisas ai resguardada no cofre forte da mamã e por isso não quero que sintas negativismo por parte do papá. Quando fores maiorzinha e leres estas palavras logo perceberás as angustias do papá e da mamã.
Para já desfruta da segurança da mamã e cresce. Quando despontares para o Mundo logo terás tempo para mágoas e tristezas.
A Rita está quase a fazer seis meses. Amo-te filha!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A primeira viagem

Diz o povo com razão que "de pequenino se torce o menino", neste caso a menina... E por isso mesmo Rita, fizeste a tua primeira viagem. Saimos direitos ao Algarve, primeira paragem. Querida filhota, portaste-te muito bem, não incomodaste a mamã e apenas tivemos de parar para os habituais "chichis"...
Não te vais lembrar, mas falaste com o papá dando alguns saltos de contente ao sabor da música que tocava no sistema de som do carro.
Espero que te habitues rapidamente a este ciclo de viagens, pois queremos mostrar-te o Mundo.
Com esta mensagem ficaste a saber como foi a tua primeira viagem. A ida a Espanha fica para outro texto. Mas para já fica a alegria de saber que gostaste e que continuas a ser uma compincha do papá.
Amo-te filhota linda!

domingo, 9 de agosto de 2009

Esta é a tua mamã, Rita. Não é linda?


Depois de uma semana de trabalho, sabe sempre bem descansar Rita. Aprende isto com os teus pais que há muito tempo trabalham no duro para te dar tudo aquilo a que tens direito filhota.

Brincalhona, andaste a distribuir pontapés, perdão, carícias a toda a gente. Acho que já toda gente te sentiu minha filha. Ainda bem, é sinal que gostas das pessoas.

Como estavamos algo cansados, decidimos ir passear. Questão de espairecermos e tu meu amor habituares-te a passear. Por isso, depois de andar a fotografar carros, o pai pegou na mãe e fomos até ao Magoito.

Não sei se foi do ar mas não te manifestaste muito, nem no caminho, nem quando descemos ate à praia e depois nos sentamos na esplanada a bebericar qualquer coisa. Ah! já me lembro... voltaste a esconder-te debaixo das costelas da mamã que ela nem conseguia comer o gelado em condições.

Mas como a minha filhota linda é muito obediente, acatou o pedido do pai e lá deu descanso à mamã. Digo eu, pois fico sem saber se me obedeceste ou estavas mais interessada no gelado - de chocolate, claro! - que a mamã estava a comer. Daqui a alguns anos vou tentar tirar isso a limpo...

No meio de tudo isto, ainda tive tempo para fotografar a mamã mais linda do Mundo, o cofre forte que carrega a coisa mais preciosa do Mundo, tu minha filha. Aqui fica a foto para tu ficares a saber como estava a mamã no 5ª mês de gestação e para todos conhecerem a minha musa, o meu farol e a minha outra pepita.

Vocês as duas são as melhores coisas da mnha vida, mas filhota não posso ser injusto e tenho de juntar a este grupo a minha princesa Inês - princesa... bah! ela já é uma mulher e quase rainha... Como estou velho Meu Deus! - e os meus dois sobrinhos lindos, a Miriam (mais conhecida como Mimi) e o David, o "puto giro" como soi dizer-se pois é um menino lindo de cabelo loiro e olhos azuis...

Por isso minha filhota linda, se os meus tesouros, além da mamã e agora tu, são estes botões de rosa que há muito tempo perfumam a minha vida, era inevitável ser pai.

Não sei se alguma vez serei o pai que desejas ou que mereces, mas pelo menos podes ter uma certeza: podem amar-te muito, mas mais que eu e a mamã te amamos, ninguém!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A minha Rita... não é linda?!




Para todos aqueles que ainda não te tinham visto, decidi colocar a tua fotografia aos 4,5 meses de idade no teu blogue. Não me leves a mal, mas amo-te tanto que não resisto a partilhar-te com todos. E ficaste tão bem na fotografia...


A MImi sentiu a prima!

Há crianças que nos deixam tão babados que só apetece serem nossos filhos. A Miriam - mais conhecida pelo diminutivo Mimi - é um desses casos e tenho a felicidade de a ter como minha sobrinha. Por afinidade, mas gosto tanto daquela traquinas, como se fosse a minha filha.
Não fiques ciumenta Rita, pois tu és a luz dos meus olhos e serás sempre a minha filhota linda!
Exaltada com o facto de ter nova prima e segura ao guardar o segredo da ecografia feita "ás escondidas" pela tia "Suvia", a Mimi teve o prazer hoje de sentir os pontapés, ou melhor, as caricias da Rita.
Dava tudo para conseguir colocar em palavras aquilo que aqueles olhos lindos de um negro profundo expressaram na altura. Admirável como uma criança que já sofreu tanto consegue ser tão meiga e generosa.
Sabes Rita, a Mimi é tua prima e podes ter a certeza que nos ajudou muito antes de chegares a esta vida.
E com o tempo vais aprender a amá-la como eu e a tua mamã.

Os pontapés...

Chegámos ao 5º mês. Tem sido tudo tão lindo e estou cada vez mais desejoso de te ver connosco.
Alguém disse que o amor se transmite e eu agora acredito nisso filhota. Estavas tu na barrigota da mamã - grande, grande como um balão mas que a faz tão linda, linda de morrer! -e ao ouvir a minha voz logo davas sinal de que sabias quem falava contigo.
Todos os dias falei contigo meu amor e quero que pela vida fora fales sempre comigo e com a mamã. Queremos ser os teus melhores amigos filhota!
Sei que me ouvias lá dentro da barrigona da mamã e por isso sempre falei contigo coisas salutares e agradáveis. Espero que tenhas percebido a intenção e quando leres estas palavras te possas recordar do tempo passado dentro da mamã.
Sabes que as lágrimas escorrem pela cara do papá quando escrevo estas palavras, pois nunca imaginei que sentiria tanta felicidade perante o facto de ser pai. Tu és o fruto do amor que tenho pela tua mamã e por isso serás sempre a melhor coisa que me aconteceu na vida.
Teremos dificuldades, mas serás sempre a luz que me guiará a fazer aquilo que é correcto.
Amo-te filha, mais do que alguma vez consegui imaginar. E tenho de agradecer á mamã.
Obrigado meu amor por me dares a mais preciosa prenda que alguma vez alguém me ofertou.
Amo-vos do fundo do coração (e as malditas lágrimas que não param...)

A loucura dos avós e de todos

Depois da revelação, a emoção dos papás deu lugar a uma verdadeira loucura com choros e abraços, beijos e felicitações. Acho que não houve ninguém, dos colegas e amigos do pai aos colegas e amigos da mamã, que não ficasse feliz com a notícia.
A mamã ia ter uma menina, a minha Rita.
Sabes que era para te chamar Beatriz. Um nome bonito, esfíngico, mas a mamã fez o favor de aceitar a sugestão do teu pai e aceitou chamar-te Rita. Um nome curto, forte e lindo como tu minha filhota.
Não vou aqui explicar o extase que a tua revelação provocou. Quando estiveres cá fora verás como os avós e os tios te amam. Quase tanto como eu e a tua mamã te amamos minha filhota linda. Depois verás o cartão que o papá fez para ti.
E como te disse, a familia Castro ficou delirante com a notícia. Verás que são os nossos melhores amigos e serão, certamente, os teus melhores amigos.

A revelação

Sabes Rita, és teimosa. Pudera, tens a quem sair! Mas não faz mal que a mamã também é assim, mas eu amo-a na mesma. Como te amo a ti.
A tua teimosia foi a responsável por não te termos conhecido na segunda ecografia, pois perante médicos estagiários fizeste o manguito e viraste-te de costas. Mázinha a minha filhota!
Mas na última ecografia o médico era mais experiente, a mamã trocou-te as voltas, comeu chocolate - como tu amas chcolate filhota linda! - e lá te revelaste: uma menina!
Foi mais um momento enorme, daqueles em que a emoção bateu no peito e me esmagou de forma brutal. Chorei e até me esqueci que tinha levado a máquina fotográfica para tirar fotografias da ecografia.
Perante tudo aquilo que revelaste, as formas, as linhas de vida, a tua estrutura, Meu Deus! quem se lembraria de fotografar?! Eu não e chorei uma vez mais, contido, mas feliz, feliz como nunca me senti. Talvez só me tenha sentido assim no dia em que casei com a tua mamã.
Foi tão bom saber que eras uma menina! A emoção foi de tal ordem que escondemos de todos - excepto da tua prima Mimi, essa menina doce e querida que tenho o orgulho de ter como minha sobrinha - que eras uma menina. A minha Rita! Corri e fiz um cartão para oferecer à família e aos amigos mais chegados.
Um deles são os Castro. O Paulo, o meu amigo do peito, talvez o único verdadeiro amigo que tive na vida, a doce amiga Paula e a minha princesa, aquela que é uma das luzes dos meus olhos, a Inês. Vais conhecê-los e verás como não estou a exagerar filhota. E vais gostar muito da minha princesa Inês. Foi assim meu amor que te demos a conhecer ao mundo. A minha Rita!

As primeiras ecografias e...o susto!

Passada a fase da euforia, chegou a época da seriedade. Consultas, mais consultas e a primeira ecografia. Temporã, diga-se, mas o excelente médico que nos acompanha quis ser ainda mais curioso que nós e decidiu fazer uma ecografia "antes de tempo. Que querem, quero ter a certeza da idade!"
Obrigado, pensei eu com os meus botões...
Acreditem que perante a visão daquele ser tão minusculo, daquele fio de vida simbolizado por aquele feto, não contive as lágrimas e mandando às malvas a machista frase "os homens não choram", chorei e muito. Não dei nas vistas, mas chorei.
Filhota, tanto o pai como a mãe ficaram imediatamente apaixonados por ti.
Foi amor à primeira imagem...
Depois, veio o primeiro susto. Uma visita de rotina ao médico, o microfone na barriga da Silvia e... nada! Mais un esforço e... nada! Infelizmente filhota, não pude estar com a mamã nesse dia - como me arrependo Meu Deus! - mas sei que pregaste um susto daqueles à mamã.
Depois, nesse teu jeito brincalhão, lá apareceste e deste a conhecer como bate forte o teu pequeno coraçãozinho. Nunca mais faças isso! Não sabes o que a mamã sofreu!

A notícia...

Quando recebi a notícia da gravidez da Silvia não sabia bem o que fazer. Pular como um pateta, chorar como uma Madalena, cobrir de beijos a minha linda esposa ou sentar-me e interiorizar o que acabara de acontecer.
Logo eu que nunca tinha equacionado ser pai, recebia de chofre esta notícia...
Claro que tudo tinha sido planeado - até o quarto já estava a ser feito e tudo estava contabilizado - mas só agora, com a notícia pura e dura é que a realidade se revelou.
Vou ser pai! Vou ser pai!
Claro está que pulei de alegria como um tonto e que cobri de beijos a minha menina, o cofre sagrado que alberga o meu maior tesouro, a minha filhota, a minha Rita.
Muitas são as preocupações, mas acredito no poder divino para nos ajudar a levar para diante o meu maior projecto, o projecto que ofusca tudo aquilo que possa ter feito até aqui: a minha Rita!
Filhota, quando leres estas palavras fica a saber que o pai te ama desalmadamente e que tudo fará para que sejas a criança mais feliz do Mundo.
Amo-te Ritinha, amo-te Silvia!