sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O regresso!

Passaram quatro anos… quatro longos anos desde que escrevi "A Rita Nasceu!". Quatro anos longos de ausência, quatro curtos anos onde o tempo voou e levou nas suas asas o meu pai, o meu sogro e muitos sonhos. Quatro anos que passaram depressa arrastando consigo problemas, dificuldades, agruras e incómodos que não desejava. Mas foram quatro anos que me permitiram, apesar de tudo, assistir ao crescimento da minha Rita. Sim, a minha Rita já dobrou o cabo dos quatro anos e não tarda muito está a caminho da escola primária. "Exagerado" estão vocês a dizer, mas olhem que estes quatro anos passaram a voar…
Regresso ao blog da Minha Rita, porque tenho saudades de colocar em escrita aquilo que sinto pela minha filha, a Minha Rita. Sim, minha, porque é a minha filha, é o meu sangue, é a minha carne, é o meu ser que ali está em forma de menina linda de cabelos longos, cara redonda e corpo forte e saudável. É também a Rita da Silvia, a minha querida esposa, que tanto sofreu para que a minha Rita seja hoje uma menina linda, linda, linda!
Amo a minha filha mais que a mim próprio e, me perdoem amigos e família, disso não abro mão. Amo aquilo que ela é, amo aquilo que ela representa, amo aquele pequeno ser nada frágil, mas ainda indefeso. Confesso, sou pai galinha! Sou e amo ser pai galinha! Chamem-me o que quiserem e pensem o que quiserem, a Rita é a minha obra mais perfeita, dentro da natural imperfeição que me domina, é a minha obra prima, é o meu Picasso!
A partir de agora, virei aqui regularmente contar episódios, histórias e contos da Minha Rita e dentro em breve, ela estará aqui a fazer o mesmo.
Obrigado a todos os que seguem este blog - sim, são poucos mas não faz mal - e espero que continuem a gostar..
Abraço a todos!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Amo-te filha!

Um filho é uma bênção
Mas era sonho distante
Que sempre colocou travão
Ao desejo da mãe incessante

O nosso amor acabou por ajudar
Fazendo surgir a gravidez desejada
Germinando uma alma sem par
Que anseia ser amada

O fruto chama-se Rita
É a luz da nossa vida
Sendo um bebé catita
Pouco chora e muito brilha

Amo-te filha!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Rita nasceu!

Finalmente o milagre da vida ficou concluído. Rita, nasceste no dia 9 de Dezembro às 13.05 horas após um parto muito complicado que fez a mamã sofrer tanto, meu amor.
Felizmente a mamã encarou cada dor, cada desconforto, cada lágrima vertida como necessidades para uma causa maior que é a tua vida meu amor.
És linda - pudera! sou o teu papá por isso serás sempre linda - com um cabelo negro belo e o tradicional narizito abatatado característica da tua mamã e das tuas tias. Vieste ao mundo muito bem, sem complicações de maior para ti, mas deixaste a mamã muito debilitada... Agora temos de lhe dar algum descanso. O que vale meu amor é que gostas do colo do papá!
Um dia vais ler tudo aquilo que o papá escreveu para ti e neste último texto, digo-te que te amo assim como ama a mamã e que tudo o que quero é que sigas os nossos conselhos para cresceres com bons princípios e seres alguém respeitado.
Irás conhece-los dentro em breve, mas fica desde já o agradecimento do papá e da mamã a toda a nossa família, todos os amigos e amigas e aos tios emprestados. Todos eles te vão ver crescer..
Hoje senti um a mistura de sentimentos, que me fizeram chorar de forma abundante: a alegria pelo teu nascimento, a tristeza pelo sofrimento que a mamã passou e, finalmente, apreensão para o futuro.
Nasceste Rita. Agora aproveita que a viagem é bem interessante....

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estás quase a nascer Rita

Finalmente o momento chegou! Nove meses se passaram, nove meses de espera ansiosa. Nove meses a olhar para a barrigota da mamã a crescer, crescer como um balão. Nove meses que passaram... assim, num estalar de dedos. Nove meses onde brincámos muito e o meu amor por ti cresceu, cresceu e quase não cabe no meu peito. E acfredita que tenho um peito grande Rita!
Foram nove meses de apreensão, nove meses de muita reflexão do papá e da mamã sobre o que seria a nosa vida com mais um elemento. Nove meses em que muitas coisas nos deixaram apreensivos, nove meses durante os quais sentimos algumas desilusões.
Nove meses que permitiram reforçar - como se fosse possivel ou necessário! - os laços que ligam o papá à mamã, pois finalmente e apesar de algum sofrimento e incertza sobre o futuro, temos um fruto do nosso amor, tu Rita. Amo-te minha filha - Meu Deus! como soa tão bem esta frase "minha filha" - e no que depender de nós tudo faremos para te dar uma vida significativa.
Felizmente meu amor, tens uma miriade de tios e tias que te amam tanto que nunca te vão abandonar. É impressionante minha filha como tantas pessoas, algumas perfeitamente desconhecidas até há pouco tempo, estão tão preocupadas contigo. É tão bom saber que os amigos estão sempre lá para nos apoiar!
Quando alinhavo estas palavras, já tu e a tua mamã estão no Hospital. Foste uma menina muito bem comportada nestes nove meses, mas agora estas um bocadinho teimosa para sair... Deixas a mamã à beira de um ataque de nervos e o papá pefeitamente pateta perante a ansiedade de te ter cá fora.
Estamos à tua espera meu amor e tudo o que queremos é que chegues bem até nós para iniciarmos este caminho lindo que vamos cumprir lado a lado assegurando-te que terás no papá e na mamã os teus melhores amigos.
Sê bem vinda minha filha!
Amo-te!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Falta pouco para a Rita nascer!

Dobrado o cabo dos oito meses, a Rita está cada vez maior e menos à vontade no ventre da bela mamã - e como está linda a Silvia, meu Deus! - pelo que vai-se mexendo menos. Mas como parece que vamos ter uma princesa rebelde, lá vai dando os seus pontapés, as suas voltas e deixando o papá e a mamã babados com o seu rebento.
Falta já pouco tempo para o nascimento e confesso-te filha que apesar de estar preparado para o que ai vem, noto uma ansiedade a crescer tão depressa como fogo em pasto seco pelo calor do Verão. Como serás tu, minha filha? Que desafios vamos encontrar perante ti, meu amor? Como vamos reagir ao teu nascimento? A mamã irá sofrer um bocadinho, isso é inevitável, mas acredita que o papá irá sofrer tanto ou mais ao ver a mamã e acredita que o parto vai ser também um bocadinho meu.
Quero ter coragem meu amor de ver o teu nascimento, mas como digo recorrentemente, pelo sim pelo não irei pedir uma cadeira ou um colchãozinho, pois se cair pelo menos não me aleijo... Não faço a mais pequena ideia de qual será a minha reacção ao te receber nos meus braços e não vou aqui armar-me em forte e imperturbável, se quando brinco contigo, na solidão da noite com a tua mamã a dormir, as lágrimas correm cara abaixo. Sei apenas uma coisa: amo-te mais do que alguma vez poderia pensar que se ama um ser e juntamente com a tua mamã, são os meus únicos bens neste mundo cinzento, mau e agreste em que vivemos.
Por vezes sinto-me mal em te trazer a este mundo, mas, meu Deus! que alegria é sentir que algo nosso, sangue do nosso sangue e ainda por cima feito em parceria com a mulher que amo, vai dar cor e alegria à nossa vida. Sei que quando chegares todas as tristezas, preocupações e ansiedades vão desaparecer até ao momento em que tudo voltar à normalidade. Mas como alguém disse um dia, "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas" e por isso meu amor, a ansiedade é já muita.
Quero deixar-te aqui uma novidade meu amor: a mamã reencontrou os padrinhos dela que tanto ama e posso dizer-te que ganhaste um par extra de avós. O avô Conchinha e a avó Laurentina - marcados pela imensa e trucidante dor de perder dois filhos na flor da juventude - amam a mamã de uma forma tão intensa que tu serás a neta que infelizmente nunca puderam ter.
Como vês meu amor, a tua chegada começa a mexer com tudo e com todos. A avó Adelina não cabe em si de contente com a tua chegada e tem sido um corropio nas compras. A avó Conceição, triste por não poder dançar o compasso das ofertas (como se isso fosse o mais importante!), mas cheia de amor para te dar, anda ansiosa que tu chegues.
Sabes meu amor, tantas são as pessoas fora da família que gostam dos papás que não têm hesitado em nos ajudar e a ti minha flor, nada vai faltar. Até os tios emprestados andam ansiosos com a tua chegada meu amor.
Falta pouco tempo e eu e a tua mamã estamos prontos para te receber meu amor. Mas confesso aqui que vou ter muitas saudades das nossas brincadeiras à noite. Lembras-te das cócegas que te faço e como respondes dando pontapés, perdão, fazendo festas ou esticando as tuas perninhas de encontro à mão ou à cara do papá? Lembras-te de como falei contigo tempo esquecido? Escrevo-te isto e as lágrimas, teimosas, não param de me encher os olhos e apesar da minha luta, uma ou outra consegue escapar cara abaixo desaguando na mesa de trabalho. É verdadeiramente inexplicável o amor que sinto por ti e pela tua mamã. Já o disse e volto a dizer-te filha, a tua mamã está LINDA! Que saudades vou ter de a ver assim...
Infelizmente meu amor, a vida não vai permitir que tenhamos nova situação de felicidade, leia-se, oferecer-te um irmão ou irmã, pois as coisas continuam muito dificeis. Pouco a pouco e com a ajuda do tio Nuno e do tio Tito (com as tias Sara e Paula, respectivamente, a torcerem por fora) temos vindo a equilibrar a nau que é a vida em comum do papá com a mamã. Mas não te preocupes, moveremos terra e céu para que nada te falte meu amor.
Criei este espaço para ti Rita, para te deixar as minhas memórias, os meus desabafos e para que no futuro possas compreender como foi este momento solene da nossa vida. Tu és agora o centro da nossa vida e por ti escrevi neste espaço. Está próximo o teu nascimento e porque quero continuar a escrever-te, depois de nasceres continuarei aqui a deixar-te um legado de conhecimento e de paixão por um ser que é "sangue do meu sangue, carne da minha carne!"
Amo-te filha!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quase 8 meses!

O tempo voa à velocidade da luz e quase sem nos apercebermos já passaram quase 8 meses desde que a melhor notícia dos últimos anos surgiu: tu vinha a caminho Rita! Muito destes oito meses está polvilhado pelos textos que escrevi exclusivamente para ti minha filha.
Por isso fazer um balanço nesta altura seria fastidioso e pouco produtivo par ti minha filha. Apesar de alguma tristeza por situações menos claras e de muitos problemas roçarem na nossa felicidade, a verdade Rita é que por muito que coisas más insistam em atravessar o nosso caminho, seguimos seguros, eu e a tua linda mamã, que nada nem ninguém vai impedir a nossa felicidade. E vai ser tão bom ter-te nos braços meu amor e repetir tudo aquilo que digo e faço na barrigota linda da grávida mais linda do Mundo.
Infelizmente meu amor, nem todos partilham esta felicidade e até parece que alguns nem sequer se interessam pela tua chegada. Valem os outros meu amor e entre esses tenho de dizer-te meu amor que lá estão os tios Paulo e Paula Castro mais a princesa Inês - nem quero ver a cara dela quando tu nasceres! - os tios Bento e Eunice mais o Tiago, os tios Vitor e Emilia Pinto, os tios Nuno e Sara Garrido e os tios Tito e Paula Morão, amigos que nunca esquecerei e que estão todos no coração do papá e da mamã e espero que com o tempo fiquem no teu meu amor.
Quando tiveres idade para ler estas palavras, não me perguntes pela família... não quero falar-te sobre isso pois poderá soar a desilusão e não quero que sintas isso meu amor. Lembra-te das tuas avós Adelina e Maria da Conceição, pois posso asssgurar-te que te amam já muito nesta altura em que ainda estás guardada no "cofre" forte da mamã.
Deitemos isso para trás das costas e olhemos para o futuro. Falta pouco meu amor para estares peeto de nós, para te mudar fraldas - e enojar a Mimi, a tua prima linda quer tanto amo, com os teus "cocós" e "xixis" - para ouvir o teu chorar, dormir mal à noite, ficar preocupado com as tuas maleitas, receber uma interminável conta de telefone por ligar para as tuas avós quando ficar sozinho contigo, estou ansioso por tudo isso.
Falta pouco meu amor...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A grande viagem da Rita

Filhota, nesta altura estás a completar sete meses de gestação (e a dizer de vida, mas pronto, fica gestação...) e antes que chegue o tempo em que a tua mamã tenha de ficar a descansar em casa, decidimos fazer uma viagem grande.
Vá lá, foram apenas 800 quilómetros num dia, mas para ti meu amor, foi algo inusitado. Fomos de casa à Zambujeira do Mar, por lá almoçamos umas belas costoletas de borrego fritas com alho e uma açorda de marisco maravilhosa no restaurante do Sr. Vitor, depois descemos até Sagres (onde não visitámos a fortificação pois pediram-nos 3 euros por pessoa!), seguimos para Lagos e desembocámos em Portimão.
Quisemos levar-te aos nossos amigos algarvios, o Vitor e a Emilia Pinto, a Eunice o Bento e o grande Tiago, tal como tu meu amor um bebé lindo. Infelizmente so conseguimos falar com o Vitor, mas foi bom e tu até deste uns pulinhos quando o ouvias. Acho que já gostas do "tio" Vitor!
Depois decidimos ir comer um franguinho da Guia, uma estreia para ti que, pela tua reacção, soube-te bem. E pronto, depois regressámos ao nosso ninho, satisfeitos por esta viagem de final de férias - para o ano prometo-te meu amor que teremos férias a sério! - e por te teres portado tão bem.
E depois foi tão bom deitar-me e com a mamã a dormir teres brincado comigo um poquinho antes de adormecermos. É que no dia a seguir foi dia de trabalho. Dia onde a mamã sofreu um pouquinho, pois as penas e pés inchados no final da jornada deixaram perceber que os dois meses que faltam para te ter nos braços, meu amor, vão custar um bocadinho a passar.